Douglas Arantes
A Portela anunciou na ultima quarta- feira dia 23 de Maio
o enredo que homenageará a cantora Clara Nunes em
seu desfile no carnaval de 2019. O título do enredo será
desenvolvido, pela a Carnavalesca Rosa Magalhães, "Na
Madureira moderníssima, hei sempre de ouvir cantar
um sabiá." A Brasilidade e o legado da cantora
portelense Clara Nunes (1942-1983) serão retratados no
enredo que a Portela levará para a Sapucaí em 2019.
O anúncio oficial do enredo foi feito, através de um vídeo
publicado nas redes sociais da
própria agremiação, que é a maior campeã do carnaval
do Rio com 22 campeonatos. Em entrevista ao Jornal
Solidário RJ o especialista em Carnaval Celso Silva,
disse que o enredo da Portela é quase a certeza da
conquista de mais um título. " A Carnavalesca Rosa
Magalhães juntamente com o presidente, Luís Carlos
Magalhães, acertaram em cheio nesta decisão, pois além
de ser uma bela homenagem a uma das maiores
cantoras brasileiras e ardente fã portelense, foi
recebido com muita alegria e orgulho. Tanto que já tem
um samba prontinho aguardando o início da
competição. Onde a agremiação escolherá
o melhor Samba- Enredo para o desfile
de 2019. Toda esta sinergia e amor pela Portela e pela
Clara Nunes são ingredientes fundamentais para a
realização de mais um belíssimo e inesquecível desfile.
Salve a Portela ! Salve Clara Guerreira !! Finaliza Celso
Silva.
Clara Nunes iniciou sua carreira como cantora em Minas Gerais, seu estado natal. No entanto, antes de entrar para o mundo da música, Clara trabalhava em uma fábrica de tecidos em Belo Horizonte. Órfã de pais, a jovem, na época, de 15 anos precisava do emprego para ajudar na renda mensal de sua família. Como cantora, Clara se dedicou aos boleros na década de 1960. Sua afirmação no samba ocorreu somente na década de 1970. Em seu quarto LP, a intérprete gravou músicas como “Ê Baiana”, faixa que obteve notável sucesso no carnaval de 1971; e “Ilu Ayê”, samba-enredo da Portela em 1972. O seu quinto LP “Clara Clarice Clara” incluiu canções de destaque como “Seca do Nordeste”, “Morena do Mar”, “Vendedor de Caranguejo”, “Tributo aos Orixás” e a faixa-título “Clara Clarice Clara”.
Em 1983, Clara Nunes faleceu em razão de um choque anafilático após ter sido internada para uma cirurgia. Na época, foi aberta uma sindicância pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro para apurar a causa da morte. No entanto, o processo foi arquivado e gerou, por muitos anos, rumores sobre as causas de seu falecimento. Em um grande velório na quadra da Portela, mais de 50 mil pessoas foram se despedir da cantora. Como forma de homenagem, a rua onde fica a sede da agremiação, no bairro de Oswaldo Cruz, recebeu o nome de “Rua Clara Nunes”.
No ano seguinte de sua morte, Clara também foi homenageada pela Portela com o enredo “Contos de Areia”. Neste ano, a agremiação conquistou seu vigésimo primeiro campeonato juntamente com a Estação Primeira de Mangueira.
Fonte: SRzd Carnavalesco
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Douglas Arantes* Carioca,Assessor de imprensa,25 anos,Casado,Fotojornalista e estudante de Jornalismo.

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